quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Massa deixa a F1 no final do ano


Felipe Massa acabou de anunciar, em Monza, que deixa a Fórmula 1 ao final do ano. Não terá seu contrato renovado pela Williams e não negocia com nenhuma outra equipe da categoria. Até aqui, foram 242 corridas, 41 pódios e 11 vitórias. Talvez tenha sido o último cara a fazer o povo brasileiro parar para assistir a uma corrida, quando decidiu e perdeu por milésimos o título de 2008, na decisão de campeonato mais espetacular da história do esporte a motor.

É a grande notícia de 2016 até aqui e ainda vamos falar muito disso ao longo dos próximos dias. Saindo, Felipe Massa coloca o Brasil em uma situação de coadjuvante que, certamente, mudará muito a forma como se consome o esporte no país, a partir do ano que vem.

Mas, falando rapidamente sobre a decisão em si, fez bem Felipe em anunciar sua retirada dessa forma. Ele já havia dito mais de uma vez que não gostaria de ter minar a carreira se arrastando no fundo do grid. Com um anúncio antecipado, Massa poderá ter aquilo que Rubens Barrichello não teve: uma despedida digna, inclusive tendo a oportunidade de ser homenageado em Interlagos, local onde foi duas vezes vencedor.

Não há espaço para veteranos nessa Fórmula 1 na qual os carros são mais computadores sobre rodas do que automóveis, propriamente ditos. Não há nada na F1 de hoje que lembre a dinâmica da categoria na qual Massa estreou em 2002, na Sauber. E isso vale para Alonso e Button, contemporâneos do brasileiro, que devem estar próximos de se despedirem também.

 Não há porque uma equipe pagar um salário para Felipe Massa para que ele faça exatamente a mesma coisa que um fedelho de 18 anos faz, com mais eficiência, mais futuro e ainda agregando valor por meio de patrocínios pessoais. Pessoalmente não gosto dessa realidade, mas ela está aí, e não dá mostras de que vai mudar.

O fim da carreira na F1 não é o fim da carreira de piloto. Não é aposentadoria. Felipe Massa construiu ótimo relacionamento com pessoas influentes ao longo de 14 anos na categoria. E para comprovar isso, basta ver os posts no Twitter de todas as equipes pelas quais passou, agradecendo-o pelos serviços prestados. Certamente, Massa terá um bom lugar onde escolher para correr. DTM, WEC, Indy, Stock Car, são opções interessantes. Particularmente, gostaria de vê-lo na Indy. Mas não sei se é a categoria preferida do piloto.

E para o Brasil? Isso é assunto para as próximas semanas. Mas que podemos ir nos despedindo da F1 na TV aberta, isso podemos.

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